quinta-feira, 2 de agosto de 2012

TOCAR BATERIA AUMENTA O QI

O processo de tocar bateria envolve tanto o lobo linear, (lado esquerdo do cérebro – o racional) como o lobo criativo, (lado direito do cérebro - o intuitivo). Tocar bateria diminui as ondas cerebrais a uma frequência de oito ciclos por segundo, a freqüência exata do planeta. Aumentos nos índices de QI (Quociente de Inteligência) podem agora ser oficialmente adicionados à crescente lista de benefícios de tocar bateria. Um estudo recente mostra que tocar bateria ou outros instrumentos de percussão realmente melhora os índices de QI de crianças. Enquanto estudos anteriores apenas sugeriam que o estudo de música melhora a alfabetização e as habilidades em matemática, essa é a primeira vez que um estudo demonstrou que os níveis de inteligência podem aumentar ao tocar bateria e percussão.
"Tocar bateria faz com que o cérebro pense de uma maneira que poucas atividades conseguem”, declarou Pat Brown, presidente do International Drum Month e diretor-executivo do Percussion Marketing Council. "A capacidade de entender as notas musicais e dissecar como os ritmos funcionam e andam juntos é um processo de pensamento muito complicado. Estudos recentes mostram que a exposição constante a este tipo de atividade cerebral pode realmente melhorar os níveis de QI".

De acordo com estudos de E. Glenn Shallenberg, da Universidade de Toronto, os resultados dos testes de QI em crianças de 6 anos melhoram significativamente depois que recebem aulas de bateria. Shallenberg reuniu um grupo de 144 crianças de 6 anos e os separou em 4 grupos: os que tinham aulas de bateria, aulas de canto, aulas de teatro e as que não tinham aula de nenhuma atividade. As crianças que receberam aulas de bateria mostraram melhoria significativa em seus testes de QI, ganhando uma média de 7 pontos no teste. Enquanto isso, crianças que tiveram aulas de canto aumentaram 6 pontos, os que tiveram aulas de teatro aumentaram 5 pontos e crianças que não tiveram nenhuma aula melhoraram 4 pontos. Em seu artigo na Psychological Science, Shallenberg concluiu que a formação musical, em particular, foi responsável pelos pontos extras no QI.
Entre os outros benefícios de tocar bateria estão a melhoria na coordenação musical e da atividade cerebral; terapia física e alívio do estresse; melhorias nas relações sociais, como trabalho em equipe, auto-estima e disciplina; melhoras nos processos de pensamento abstrato; proporciona uma ferramenta para a expressão criativa, equilíbrio da energia interna e otimização do humor; condicionamento físico e responsabilidade; e uma alternativa lúdica a outras atividades menos produtivas.


  
Como a bateria continua a ser um dos segmentos de crescimento mais rápido na indústria de instrumentos musicais, os vários benefícios da bateria e da percussão estão aumentando em visibilidade e eficácia. A bateria também vem ganhando reconhecimento entre investigadores e cientistas quando se trata de servir como ferramenta terapêutica. Todos sabemos que tocar bateria é uma grande saída para esfriar a cabeça e por para fora a energia criativa. Estudos recentes, no entanto, têm mostrado que a percussão, e a bateria em particular, podem potencializar o sistema imunológico, reduzindo o estresse e melhorando a saúde.
Um artigo do jornal USA Today, intitulado “The Rhythm of Life”, mostrou um estudo conduzido pelo neurologista Barry Bittman, do “Mind Body Wellness Center”, em Erie, Pensilvânia. O estudo constatou que os pacientes que participaram de grupos de percussão, ou círculos de bateria, tiveram aumento dos níveis de células do sistema imunológico, na verdade linfócitos também conhecidos como “natural killer cells”. Num estudo, Bittman testou a química do sangue de 111 pessoas saudáveis numa série de experimentos. Bittman afirma que os participantes de todos os grupos experimentaram um indicador de estresse, mas só o grupo dos bateristas teve um aumento significativo nas “natural killer cells”.
Como explicação, Bittman atribui esta diferença na redução do estresse à auto-expressão, camaradagem e percussão rítmica. Ondas sonoras têm um efeito profundo nas células do corpo. Por exemplo, práticas médicas atuais como a ultra-sonografia, usada no reparo de tecido cicatricial e na redução da inflamação, realmente ajudam o sistema imunológico a produzir mais células de defesa. Desse modo, tocar bateria ou percussão pode impulsionar o sistema imunológico.

Referências:
• Pat Brown, presidente do International Drum Month e
diretor-executivo do Percussion Marketing Council.


• E. Glenn Shallenberg, da University of Toronto.


• Barry Bittman,  neurologista da
Mind-Body Wellness Center em Meadville, Pennsylvania.

Fonte: http://www.newswiretoday.com/news/13547/

Tradução e adaptação: Drum Channel Brasil 



quarta-feira, 18 de abril de 2012

A BÍBLIA PARA AFINAÇÃO DE BATERIA

É engraçado ver a cara de espanto das pessoas quando falamos a respeito de afinação de bateria. Muitos desconhecem essa possibilidade e necessidade. Ao final dos workshops recebo várias perguntas a respeito de como se afinar corretamente uma bateria. Muito embora a internet esteja repleta de dicas preciosas, gostaria de sugerir a leitura desse material completo escrito por Scott Johnson e traduzido por Daniel Majer que aborda questões como construção dos tambores, tipos de madeiras, tipos de aros, peles, manutenção e algumas dicas a respeito de acústica também.

Ao final da leitura vocês verão que afinar bateria não se trata simplesmente de dar algumas 'voltinhas' nos parafusos dos tambores, é preciso ter uma noção e procurar relacionar adequadamente esses elementos. Ótima leitura !!!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

METRÔNOMO? PRA QUÊ?


Rapidamente gostaria de falar um pouco a respeito da importância do metrônomo. Tenho ministrado muitos workshops por todo Brasil falando a respeito do papel do baterísta dentro de uma equipe musical e por incrível que pareça logo nas considerações iniciais quando menciono a palavra metrônomo, percebo que estou falando "grego" para a grande maioria das pessoas.

Metrônomo para quem desconhece, é um aparelho (mecânico ou digital) que tem apenas uma função: fixar o andamento desejado de forma constante para que o músico pratique sua performance sem variação de velocidade. Não sei se todos já presenciaram baterístas que começam uma música super empolgados, porém  no decorrer da canção ele começa a cansar e consequentemente ralentar o rítmo. Muitas vezes ele se dá conta do que está acontecendo e resolve "reagir" acelerando a música para o andamento original. Pois é, são para essas ocasiões que existe o metrônomo.

Ora, se a função primordial de um baterísta é manter o andamento constante durante uma música, nada mais justo que ele faça uma grande e inseparável amizade com seu metrônomo. Não se iluda, esse aparelho deverá te acompanhar durante todo o tempo em que você desejar se relacionar com a arte musical com um mínimo de qualidade. Músicos com décadas de experiências utilizam o metrônomo diariamente em seções de estudo, apresentações ao vivo e principalmente em gravações profissionais.

Muitas pessoas me pedem os arquivos que utilizo em minhas apresentações com o ministério Vineyard na divulgação do DVD 'Vem esta é a hora - Ao vivo'. Na barra lateral à direita estão todos os arquivos, é só clicar e baixar gratuitament, porém tenho algumas dicas para a utlização correta dos clicks:

1 - Pratique individualmente antes de ensaiar com a banda até conseguir tocas as músicas juntamente com o metrônomo confortavelmente. Redobre a atenção nas viradas;
2 - Ensaie muito com sua banda utilizando os clicks em seu i-pod ou mp3;
3 - Somente utilize os clicks ao vivo quando as duas etapas iniciais estiverem dominadas.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O LUGAR DA BATERIA NA BANDA

Alguns amigos afirmam que existem duas classificações para as pessoas que tocam algum instrumento: os músicos e os bateristas. Outros afirmam a mesma idéia dizendo que o baterista é simplesmente um cara que gosta de andar com os músicos. Brincadeiras a parte, bateristas são geralmente taxados de rebeldes, barulhentos, pessoas indomáveis. Foram e até hoje são alvos de muita observação dentro das igrejas. O pessoal mais jovem tende a admirá-los, porém os mais idosos têm o profundo pavor e resistência quanto a sua inclusão na equipe de louvor. No entanto, o que nós, bateristas, podemos fazer para nos tornarmos mais agradáveis e contribuir de uma forma construtiva com a igreja onde servimos? Existem diferentes pontos de vista em relação ao uso ou não do instrumento na igreja. Muito embora eu seja baterista, em alguns casos acho dispensável o uso da bateria, devido a fatores como a acústicas do salão onde são realizadas as runiões, o número de pessoas que freqüentam os cultos, além de, muitas vezes, a falta de habilidade das pessoas que tocam - que em diversos casos ignoram a necessidade do estudo do instrumento.

A seguir, gostaria de citar alguns pontos que, a meu ver, são determinantes para o uso adequado da bateria no contexto congregacional.

CONHECIMENTO E DOMINÍO TÉCNICO - O primeiro passo para alguem ingressar no ministério de louvor - depois de ter o aval de seu pastor - é dominar tecnicamente a área em que pretente atuar.Ninguem confia a construção de um prédio a um médico, economista ou advogado, pois não têm conhecimento técnico para isso. Da mesma forma, não cabe uma pessoa que não tem habilidade com um determinado instrumento desejar cupar a função de músico.Infelizmente, isso acontece muito dentro das igrejas. É imprescindível que o baterista busque o acompanhamento de um professor experiente, que lhe dará amplas condições de conhecer o instrumento, suas técnicas, rudimentos, leituras, levadas etc.Existem informações disponíveis de várias maneiras, através de lições retiradas da internet, revistas especializadas, métodos, vídeos e clínicas com músicos de altíssima qualidade. Enfim, hoje em dia não há justificativas para o baterista não estudar.

NA MEDIDA CERTA - Sem duvída, o bom - senso é o grande diferencial de um músico disciplinado.É muito bom ver bateristas perfeitos tecnicamentes tocar de maneira simples, valorizando a nitidez da levada, mantendo o andamento sem variações, tocando com dinânica, economizando notas e viradas e, consequentemente, deixando a música soar da maneira como ela pede.Em alguns casos, ter bom senso é não tocar, pois algumas músicas pedem para que se substitua a bateria por um simples chocalho.Ter bom senso é escolher até o tipo de baqueta que deve ser usada em uma determinada reunião. Antes de começar a tocar, procure verificar qual é a real necessidade daquele momento. Será que a reunião com 15 pessoas requer que a beteria seja tocada? Será que um salão com telhados de folha de zinco e com fiso frio, suporta uma bateria com 10 tambores, oito pratos e microfones em todas as peças? Ter bom senso, no contexto que falamos, vai além de como tocar e abrange toda a concepção de alguem que pretende servir às pessoas com sua música.

ESPÍRITO DE EQUIPE - O baterista precisa saber qual é a sua função dentro de um time. Durante o período de louvor, as pessoas da congregação precisam ouvir nitidamente a voz de quem está dirigindo a música, ou seja, da pessoa que está cantando a melodia da música. A função do baterista, juntamente com o baixista, é dar suporte para a banda; tocar de maneira que a pessoa que está cantando possa ser ouvida por toda a congregação; dar ritimo para que todos toquem e cantem juntos. O baterista pode ser o melhor músico da banda, porém se ele não for capaz de cumprir seu papel, com certeza o máximo que poderá fazer com todo seu talento será atrapalhar a banda toda.

O MÚSICO BATERISTA - Outra dica que me ajudou muito - e que geralmente funciona com os bateristas, segundo seus próprios depoimentos - se refere ao fato de como estudar um outro instrumento harmônico pode contribuir para o seu melhor desempenho. Particularmente, posso dizer que estudar harmonia e tocar piano (mesmo que não muito bem!) me ajudou a compreender as diferentes formas musicais, os estilos e pulsações, as diferentes faces da dinâmica - isto é, quando suavizar; quando colocar mais notas; e quando deixar soar. Trocando em miúdos, a harmonia e a percepção me auxiliam muito na hora de tocar. Aprender a ler partitura foi outra grande conquista que me possibilitou compreender rapidamente o que o arranjador está querendo. Fica mais fácil falar a mesma língua dos pianistas, violonistas, baixistas, guitarristas e qualquer outro músico quando sabemos exatamente o que eles estão dizendo em relação a compassos, duração das notas, ligaduras e coisas desse tipo.

CUSTO X BENEFÍCIO - Escolher a bateria ideal e cuidar de sua manutenção são outras dificuldades dos bateristas. Nem sempre os produtos importados significam garantia de boa compra. Muitos fabricantes nacionais têm buscado a excelência - com êxito, em diversos casos - dos produtos importados. Hoje é muito comum ver pratos " made in Brazil" com a mesma sonoridade e acabamento dos pratos internacionais que estamos acostumados a comprar. E o melhor: por um preço muito inferior. Portanto, o maior desafio não é escolher qual marca comprar, qual a procedência do material, mas sim escolher o instrumento que irá se adequar à estrutura do local onde será utilizado. Procure otimizar o som do instrumento que você tem. Muitas vezes uma simples troca de peles ou o uso de abafadores externos proporcionam grandes avaços na busca pelo som ideal. Em salões pequenos, geralmente utilizamos baterias com polegadas menores, por serem mais simples de afinar e proporcionarem volumes mais equilibrados. Em grandes templos, onde centenas de pessoas se reúnem, o mais adequado seria ter uma bateria com tambores maiores, " microfonadas" por um técnico de som profissional, que realmente entenda o que está fazendo.

Finalizando, gostaria apenas de ressaltar a necessidade de entendermos qual é o nosso papel dentro do Reino de Deus. Todo artista é influenciador e formador de opinião pelo fato de estar em evidência. Essa realidade gera um grande compromisso de entender qual é o nosso verdadeiro chamado dentro do ministério, pois através do nosso exemplo podemos edificar tanto quanto destruir a vida de muitas pessoas que nos observam. Precisamos entender que não estamos na igreja apenas para tocar, para ser notados, nem para ter prestígio com as pessoas, mas sim para abençoar o próximo e cooperar para aedificação da igreja. O fato de tocarmos bateria (ou qualquer outro instrumento) é apenas um talento muito especial que Deus colocou em nossas mãos para servirmos às pessoas com alegria e gratidão.